sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TRABALHO PROFISSIONAL


Currículo:

NOME COMPLETO: A DÚVIDA
ENDEREÇO: Coração do ser humano, pensamentos, mente humana.
IDADE: SEM DADOS PARA DEFINIR.
PAI: O MEDO
MÃE: A INSEGURANÇA

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Atuei na vida dos seres humanos, ao longo dos séculos me instalo e vou ficando;
Realizei atividades ligadas a tirar o sossego das pessoas e confundir suas opiniões.
Me aproveito do espírito cheio de indecisão e realizo minhas tarefas.
Minhas habilidades são: Confundir, separar, criar desconfiança, trazer o medo de agir, paralisar a vida daqueles que comigo convivem, semear brigas e contendas, estimular a mentira, a falsidade e a traição, criar pensamentos negativos.
Sou eficiente, nunca falho quando tenho a oportunidade.

INTERESSES:
Trabalho não por remuneração, mas pelo prazer de desempenhar o meu papel.

Este é o currículo que apresento a todos os que desejarem meus préstimos.

Brasília, 16 de janeiro de 2009.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Então é Natal!


Hoje, dia 26/12/2008, um pouco tardio, escrevo sobre o Natal. Essa data que ganhou um sentido tão comercial e ao mesmo tempo um dia com um toque de magia.
Não falo da figura de Papai Noel, com sua roupa característica e tradicionalmente conhecida, dos filmes americanos em exaustão exibidos na TV, com intuito de nos fazer entender e nos sensibilizarmos com o "espírito de natal", mas do significado que esta data tem pra mim hoje em dia.
O Natal é dia de celebração, de festa, de confraternizar (palavra que transmite em si a noção de reunião, com aqueles que vivemos a fraternidade, unir-se por amizade íntima), é o dia em que devemos deixar de lado as diferenças, mágoas, pois é o nascimento do Jesus Menino, aquele que veio ensinar a sermos melhores.
E apesar de o dia de Natal, ser de alguma forma ordinário, pois as injustiças continuam a acontecer, as pessoas ainda têm fome material e espiritual, a pobreza continuar do mesmo tamanho, eu acredito que existe, sinceramente, uma vontade de sermos melhores, de abraçar com carinho verdadeiro nossos familiares, amigos e aqueles que nos são caros, para que saibam que são importantes pra nós. É um dia do ano em que as pessoas sentem que podem amar mais, que devem querer bem, se doar sem pensar tanto na retribuição.
Acredito que o Natal para nós deveria ser sempre, com o esforço de se inspirar na esperança que trouxe Jesus. Quando houver compreensão, vai ser Natal; Quando existir boa vontade e sinceridade, vai ser Natal; Quando estendermos a mão à alguém, vai ser Natal; Quando existir gosto pela vida, vai ser sempre Natal.
Então à você, leitor desejo UM FELIZ NATAL! Sempre...

sábado, 22 de novembro de 2008

Muito feliz...


Nem tenho como escolher um número que defina quantos dias eu passei na escuridão e tristeza nessa vida. Hoje, analisando, é que posso perceber que não foi pouco o tempo. Encaro que foi um período que trouxe aprendizado. Eu deixei de acreditar, perdi o gosto pelas coisas da vida, pra mim tudo era tão mais ou menos, toda a minha vida passou a ser mais ou menos e não demorou para que se tornasse sem graça demais e sem sonhos e nenhuma motivação, naõ tinha mais um objetivo, um lugar que se quer chegar. Não sei dizer quando e como foi que isso aconteceu, foi aos poucos e quando vi, eu não sabia mais o que eu tinha pra fazer aqui, nesse mundo. Era tal como um barquinho pequeno perdido na imensidão de um mar revolto, cheio de ondas gigantescas, que a qualquer momento me fariam sucumbir e afundar de vez. Me sentia perdida, com tanta dúvida e angústia. Procurava os defeitos dos outros e me incomodava com eles, me deixava influenciar por eles, mas não via o quanto eu errava, o quanto eu agia em desfavor de mim mesma.
Hoje entendo que a vida é um presente valiosíssimo de Deus, que não valorizá-la em plenitude é fazer desfeita com Aquele que te presenteou.
Entendo que precisamos da ajuda do Altíssimo, mas que o primeiro passo é nosso. O querer, a vontade; Que tudo começa com coisas simples: cuidar de si, da aparência, se gostar, estar bem, criar um ciclo de pensamentos positivos; Tudo isso faz a diferença. Quando vc pensa no mal, ele vai crescendo em pensamentos e atitudes e vira uma bola que acaba por te envolver. Mas quando vc começa a pensar o bem, o positivo, a luz, isso tudo também vai se juntando numa nuvem de coisas boas, que da mesma forma te envolvem e passam a fazer parte da tua vida.
Sei que hoje minha visão dos problemas é diferente, vejo com mais clareza o que significa aquele obstáculo e sei com mais certeza o que fazer diante da dificuldade.
São tantas as lições que ainda virão. Espero ansiosa por mais aprendizado; Mas hoje não me sinto um barquinho abandonado e desgovernado. Estou pronta pro dia de sol e para a tempestade. Graças a Deus...

sábado, 18 de outubro de 2008

Nicolle DE IMPROVISO...




Quem sou??? Descrevo-me então...

Sou a sítese das antíteses que mais conheço.
Sou um pleonasmo, só pra esclarecer.
Sou hiperbólica de nascimento.
Sou eufemística, metafórica e tantas coisas mais...

Sou substantiva: às vezes coletivo e em outras feliz solidão;
Nesse momento o que meu pensamento cria, é o que me basta.
Sou apática e pura motivação,
Sou derivada do que vivo, do que vi, do que acredito.
Simples de coração.
Sou amor, sou nome próprio, euforia, paixão, compaixão.

Sou verbo transitivo, às vezes intransigente.
Toda acreditar, sonhar, pensar, pensar e pensar.
Sou o verso romântico de um poema e sou puro sarcasmo.
O trecho forte de um manifesto, indignação.
Sou artigo definido cheio de indefinição.
O que pensam de mim, ou não.

Sou palavras que desconheço, que nem sei que sou.
Sou tudo o que cala.
Sei que sou tanto e tão pouco,
E pergunto se sei quem sou...

(Nicolle Dumont)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Encanto e desencanto...


Bem, esse post é a tentativa de traçar um paralelo entre o início de uma relação e o momento em que parece que tudo chega ao fim. Isso porque todo mundo sabe, principalmente quem já teve um relacionamento longo, que "no começo é tudo encantamento, tudo às mil maravilhas" e depois, passado o tempo, a convivência de muitos meses ou anos, as coisas se modificam significativamente e parece que aquelas cores que brilhavam nos olhos apaixonados, desbotam e já não têm a memsa intensidade.
Nos primeiros tempos, existe um interesse natural de ambas as partes. Tudo o que ele fala é lindo, é inteligente, faz sentido e tudo o que ela fala é ouvido com muito interesse. Nessa fase, os amantes trocam mensagens de celular muitas vezes ao dia, aquelas mensagens curtinhas só pra dar "boa noite", ou pra dizer que está com saudade minutos depois de sair da casa dela. É tudo tão exagerado, e tão bonito e gostoso de vivenciar. Existe prazer em estar junto, em alguns casos, necessidade de estar junto pra fazer qualquer coisa que seja: comer um dog na esquina pode ser muito romântico... Existe admiração por tudo que se fala e que se faz. Existe entendimento, quase nenhuma discordância sobre que filme assistir ou o programa que farão no fim de semana. O homem costuma concordar com tudo (hoje eu me indago se tudo isso é vontade de ir aos finalmentes, porque geralmente eles abrem mão de qualquer coisa até esse momento); Não existe jogo de futebol que atrapalhe, nem bebedeira com os amigos que possa valer mais que estar com a namoradinha. É exatamente nessa fase que os amigos do seu namorado vão reclamar a ausência do amigo, dizendo que tudo começou quando ele começou a namorar e logicamente te culparão por isso.
Depois o tempo passa, e o que era motivo de admiração dá lugar a uma irritação sem fim, tudo aquilo que no início era bonitinho e indispensável, se torna estranhamente irritante e patético. As brincadeirinhas já não têm a mesma graça de antes. O cavalheirismo dá lugar a grosserias sem razão, as implicâncias só aumentam e aquele exercício de se sentar pra conversar que era tão maravilhoso se torna um suplício onde já não se concorda com nada que o outro diz. Aquela pessoa que foi tão companheira passa a ser vista como chata, sem graça e outros defeitos que se começa a ver onde só existiam qualidades.
Nem sempre se consegue ser amigo como antes, nem mais se enxerga as necessidades e chateações, elas passam a ter pouca ou nenhuma importância pro seu par. A relação então fica vazia, cai na mesmice, e estar junto já não é tão empolgante como um dia foi. Até as discussões vão diminuíndo, sinal de que um dos dois está desistindo de resolver, desistindo aos poucos daquela relação e se conformando, se calando diante da falta de renovação. O que é feito pra agradar, nem sempre atinge este objetivo e o casal se torna duas pessoas falando línguas diferentes, separados por um muro. Ficam faltando gestos simples, que se tinha em abundância no começo, como uma daquelas mensagenzinhas bobas no meio da noite ou qualquer surpresa pequena, numa sexta-feira à noite.
E parece que o que existe, de fato é o efeito cinderela, onde por alguns momentos tudo é belo e o sapatinho é de cristal e depois, num passe de mágica, tudo o que resta é uma abóbora horrorosa e um vestido esfarrapado.
O tempo que vai durar o sapatinho de cristal e a carruagem encantada ninguém sabe, não tem como precisar. Às vezes dura meses, ou muitos anos. O ruim, de qualquer forma é ver tudo se transformar em tão pouco, ao soar do badalo.
Eu só não entendo porque que tem que ser assim. Quanto mais se conhece, mais se convive é que deveríamos ir nos apaixonando, colecionando histórias com aquela pessoa e considerando-a um tesouro inestimável em nossas vidas. Seria a única coisa que quanto mais usada fosse, mais valor teria. Mas acho que não é bem assim...

sábado, 23 de agosto de 2008

SOMETIMES...


Às vezes corro muito e, destraidamente esqueço de dar às pessoas o que elas esperam de mim,
ou pelo menos o que eu acredito que elas esperam.
Às vezes me sinto plena e tenho vontade de cantar e contar ao mundo com um grito estridente a minha felicidade. Às vezes choro sozinha e sinto o coração apertado por não poder mudar uma situação, não poder fazer diferente.
Às vezes sinto uma vontade de abraçar a todos, de estar junto, de integrar as mesas de bar rodeadas de amigos e conversa fiada. Em outros momentos prefiro a solidão do meu quarto, me confidenciar com meu PC e me entregar a minha própria e inevitável companhia.
Às vezes queria ir pra bem longe, encontrar algo que eu não sei, mas que não está aqui. E às vezes sinto aconchego do lugar onde estou.
Tem momentos em que sinto medo e em outros pura ousadia.
Momentos de dúvida, de questionar até o que está em mim mesma. Tem aqueles momentos de angústia, da sensação de que a vida parou de andar, o mundo esqueceu de girar e eu estou presa e sufocada no meio disso tudo.
Às vezes me ocorre que sou totalmente feliz e agradeço em silêncio. Em outras horas penso que a felicidade são momentos, que ela é um vai-e-vem, não constante, nada linear.
Às vezes quero tudo de uma vez, com tanta vontade que me perco em planos e empolgação. E tem também os momentos de não fazer nada, de inércia declaradamente preguiçosa e sem fim.
Às vezes amo. Mas sou capaz de odiar também.
Às vezes sonho, mas igualmente desiludo.
Tenho frio, tenho calor.
Tenho esperança e em seguida nem acredito mais em nada.
Tenho tudo o que queria e em certos momentos sinto que tudo me falta.

Cada ser humano é único, diferente e especialmente peculiar, mas na hora de sentir dor, na hora de sentir alegria é todo mundo tão igual. Por esse motivo é que tenho certeza de que qualquer um que leia esse texto encontrará aquilo que o faça dizer: "Eu também sou assim"...

Quero viver a vida com todos os sabores, sem me importar quais os dessabores, experimentar no mesmo prato uma porção de amor e uma colherada de ódio.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O SAPINHO SURDO...



Bom, reza a lenda que existiu em uma cidade fictícia, fruto da imaginação de algum escritor, certa comunidade de sapos. Ali, vivendo em harmonia eles passavam os dias felizes e desfrutando de uma considerável pasmaceira, de uma vida monótona e meio sem graça. Pra ser sincera, devo dizer que a cidade dos sapos era um lugar que seguia uma rotina detestável, era massante, um Tédio!
Entre todos os sapos e sapas comedores de mosca, havia um que era diferente. Chamava-se Eriberto, era robusto, ágil, sonhador, inquieto e muito inteligente. Ele pensava que aquela vida que tinha ali era infeliz e não porque lhe faltasse moscas apetitosas ou belas árvores próximas aos regatos d'água onde podia descansar sossegado, curtindo sombra e água fresca. Na verdade o que incomodava Eriberto era justamente esse dia a dia parado, onde nada acontecia, era saber que fora daqueles limites havia vida, um mundo inteiro e que ele estava ali, inerte sem poder conhecer. Foi quando uma idéia lhe veio à cabeça: estava determinado a conhecer o outro lado do vale onde morou toda sua vida! E deu início a seu grande projeto.
Os outros sapos, ficaram perplexos quando souberam da idéia. Nunca nenhum deles havia ousado sair dali, explorar novas paragens. Todos eles eram acostumados a nascer, crescer e morrer por ali, sem se arriscar, levando suas vidinhas na calmaria de sempre. Comentavam por toda a cidade:
"Esse Eriberto é maluco! Endoidou! O que pode querer fora daqui?" ou ainda "Ele nunca conseguirá atravessar o vale, é perigoso, tem muitos imprevistos, dificulades e obstáculos!" teve até uma velha sapa que falava bem alto, em tom de desespero: "Vou rezar muito pela alma desse sapinho maluco, pois logo saberemos que morreu tentando a travessia! Todos sabemos que não é possível fazê-la"
E assim, correram os dias e por todos os lugares comentavam sobre a façanha do nosso amigo anfíbio. Diziam as piores coisas e faziam as mais absurdas previsões;
Foi sob esse clima de euforia e tanto alarde que Eriberto, calmamente colocou nas cosatas sua mochila e partiu...
Fim da história? Só posso dizer que até hoje não se sabe o que aconteceu a Eriberto. Os sapos ali nunca tiveram notícia, nunca saíram (Deus me livre!) em seu encalço, pra saber notícias. O certo é que o sapinho nunca mais voltou e muito tempo depois é que contaram as novas gerações que uma coisa fazia Eriberto diferente de toda aquela gente... Você, caríssimo leitor irá dizer: "certamente a CORAGEM" e eu digo que mais que isso: Eriberto era surdo!!! E por isso foi, com um sonho na cabeça, uma pequena mochila nas costas, sem literalmete, "dar ouvidos à ninguém".


HISTÓRIA APENAS ADAPTADA POR MIM. NÃO É MINHA AUTORIA.