sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Então é Natal!


Hoje, dia 26/12/2008, um pouco tardio, escrevo sobre o Natal. Essa data que ganhou um sentido tão comercial e ao mesmo tempo um dia com um toque de magia.
Não falo da figura de Papai Noel, com sua roupa característica e tradicionalmente conhecida, dos filmes americanos em exaustão exibidos na TV, com intuito de nos fazer entender e nos sensibilizarmos com o "espírito de natal", mas do significado que esta data tem pra mim hoje em dia.
O Natal é dia de celebração, de festa, de confraternizar (palavra que transmite em si a noção de reunião, com aqueles que vivemos a fraternidade, unir-se por amizade íntima), é o dia em que devemos deixar de lado as diferenças, mágoas, pois é o nascimento do Jesus Menino, aquele que veio ensinar a sermos melhores.
E apesar de o dia de Natal, ser de alguma forma ordinário, pois as injustiças continuam a acontecer, as pessoas ainda têm fome material e espiritual, a pobreza continuar do mesmo tamanho, eu acredito que existe, sinceramente, uma vontade de sermos melhores, de abraçar com carinho verdadeiro nossos familiares, amigos e aqueles que nos são caros, para que saibam que são importantes pra nós. É um dia do ano em que as pessoas sentem que podem amar mais, que devem querer bem, se doar sem pensar tanto na retribuição.
Acredito que o Natal para nós deveria ser sempre, com o esforço de se inspirar na esperança que trouxe Jesus. Quando houver compreensão, vai ser Natal; Quando existir boa vontade e sinceridade, vai ser Natal; Quando estendermos a mão à alguém, vai ser Natal; Quando existir gosto pela vida, vai ser sempre Natal.
Então à você, leitor desejo UM FELIZ NATAL! Sempre...

sábado, 22 de novembro de 2008

Muito feliz...


Nem tenho como escolher um número que defina quantos dias eu passei na escuridão e tristeza nessa vida. Hoje, analisando, é que posso perceber que não foi pouco o tempo. Encaro que foi um período que trouxe aprendizado. Eu deixei de acreditar, perdi o gosto pelas coisas da vida, pra mim tudo era tão mais ou menos, toda a minha vida passou a ser mais ou menos e não demorou para que se tornasse sem graça demais e sem sonhos e nenhuma motivação, naõ tinha mais um objetivo, um lugar que se quer chegar. Não sei dizer quando e como foi que isso aconteceu, foi aos poucos e quando vi, eu não sabia mais o que eu tinha pra fazer aqui, nesse mundo. Era tal como um barquinho pequeno perdido na imensidão de um mar revolto, cheio de ondas gigantescas, que a qualquer momento me fariam sucumbir e afundar de vez. Me sentia perdida, com tanta dúvida e angústia. Procurava os defeitos dos outros e me incomodava com eles, me deixava influenciar por eles, mas não via o quanto eu errava, o quanto eu agia em desfavor de mim mesma.
Hoje entendo que a vida é um presente valiosíssimo de Deus, que não valorizá-la em plenitude é fazer desfeita com Aquele que te presenteou.
Entendo que precisamos da ajuda do Altíssimo, mas que o primeiro passo é nosso. O querer, a vontade; Que tudo começa com coisas simples: cuidar de si, da aparência, se gostar, estar bem, criar um ciclo de pensamentos positivos; Tudo isso faz a diferença. Quando vc pensa no mal, ele vai crescendo em pensamentos e atitudes e vira uma bola que acaba por te envolver. Mas quando vc começa a pensar o bem, o positivo, a luz, isso tudo também vai se juntando numa nuvem de coisas boas, que da mesma forma te envolvem e passam a fazer parte da tua vida.
Sei que hoje minha visão dos problemas é diferente, vejo com mais clareza o que significa aquele obstáculo e sei com mais certeza o que fazer diante da dificuldade.
São tantas as lições que ainda virão. Espero ansiosa por mais aprendizado; Mas hoje não me sinto um barquinho abandonado e desgovernado. Estou pronta pro dia de sol e para a tempestade. Graças a Deus...

sábado, 18 de outubro de 2008

Nicolle DE IMPROVISO...




Quem sou??? Descrevo-me então...

Sou a sítese das antíteses que mais conheço.
Sou um pleonasmo, só pra esclarecer.
Sou hiperbólica de nascimento.
Sou eufemística, metafórica e tantas coisas mais...

Sou substantiva: às vezes coletivo e em outras feliz solidão;
Nesse momento o que meu pensamento cria, é o que me basta.
Sou apática e pura motivação,
Sou derivada do que vivo, do que vi, do que acredito.
Simples de coração.
Sou amor, sou nome próprio, euforia, paixão, compaixão.

Sou verbo transitivo, às vezes intransigente.
Toda acreditar, sonhar, pensar, pensar e pensar.
Sou o verso romântico de um poema e sou puro sarcasmo.
O trecho forte de um manifesto, indignação.
Sou artigo definido cheio de indefinição.
O que pensam de mim, ou não.

Sou palavras que desconheço, que nem sei que sou.
Sou tudo o que cala.
Sei que sou tanto e tão pouco,
E pergunto se sei quem sou...

(Nicolle Dumont)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Encanto e desencanto...


Bem, esse post é a tentativa de traçar um paralelo entre o início de uma relação e o momento em que parece que tudo chega ao fim. Isso porque todo mundo sabe, principalmente quem já teve um relacionamento longo, que "no começo é tudo encantamento, tudo às mil maravilhas" e depois, passado o tempo, a convivência de muitos meses ou anos, as coisas se modificam significativamente e parece que aquelas cores que brilhavam nos olhos apaixonados, desbotam e já não têm a memsa intensidade.
Nos primeiros tempos, existe um interesse natural de ambas as partes. Tudo o que ele fala é lindo, é inteligente, faz sentido e tudo o que ela fala é ouvido com muito interesse. Nessa fase, os amantes trocam mensagens de celular muitas vezes ao dia, aquelas mensagens curtinhas só pra dar "boa noite", ou pra dizer que está com saudade minutos depois de sair da casa dela. É tudo tão exagerado, e tão bonito e gostoso de vivenciar. Existe prazer em estar junto, em alguns casos, necessidade de estar junto pra fazer qualquer coisa que seja: comer um dog na esquina pode ser muito romântico... Existe admiração por tudo que se fala e que se faz. Existe entendimento, quase nenhuma discordância sobre que filme assistir ou o programa que farão no fim de semana. O homem costuma concordar com tudo (hoje eu me indago se tudo isso é vontade de ir aos finalmentes, porque geralmente eles abrem mão de qualquer coisa até esse momento); Não existe jogo de futebol que atrapalhe, nem bebedeira com os amigos que possa valer mais que estar com a namoradinha. É exatamente nessa fase que os amigos do seu namorado vão reclamar a ausência do amigo, dizendo que tudo começou quando ele começou a namorar e logicamente te culparão por isso.
Depois o tempo passa, e o que era motivo de admiração dá lugar a uma irritação sem fim, tudo aquilo que no início era bonitinho e indispensável, se torna estranhamente irritante e patético. As brincadeirinhas já não têm a mesma graça de antes. O cavalheirismo dá lugar a grosserias sem razão, as implicâncias só aumentam e aquele exercício de se sentar pra conversar que era tão maravilhoso se torna um suplício onde já não se concorda com nada que o outro diz. Aquela pessoa que foi tão companheira passa a ser vista como chata, sem graça e outros defeitos que se começa a ver onde só existiam qualidades.
Nem sempre se consegue ser amigo como antes, nem mais se enxerga as necessidades e chateações, elas passam a ter pouca ou nenhuma importância pro seu par. A relação então fica vazia, cai na mesmice, e estar junto já não é tão empolgante como um dia foi. Até as discussões vão diminuíndo, sinal de que um dos dois está desistindo de resolver, desistindo aos poucos daquela relação e se conformando, se calando diante da falta de renovação. O que é feito pra agradar, nem sempre atinge este objetivo e o casal se torna duas pessoas falando línguas diferentes, separados por um muro. Ficam faltando gestos simples, que se tinha em abundância no começo, como uma daquelas mensagenzinhas bobas no meio da noite ou qualquer surpresa pequena, numa sexta-feira à noite.
E parece que o que existe, de fato é o efeito cinderela, onde por alguns momentos tudo é belo e o sapatinho é de cristal e depois, num passe de mágica, tudo o que resta é uma abóbora horrorosa e um vestido esfarrapado.
O tempo que vai durar o sapatinho de cristal e a carruagem encantada ninguém sabe, não tem como precisar. Às vezes dura meses, ou muitos anos. O ruim, de qualquer forma é ver tudo se transformar em tão pouco, ao soar do badalo.
Eu só não entendo porque que tem que ser assim. Quanto mais se conhece, mais se convive é que deveríamos ir nos apaixonando, colecionando histórias com aquela pessoa e considerando-a um tesouro inestimável em nossas vidas. Seria a única coisa que quanto mais usada fosse, mais valor teria. Mas acho que não é bem assim...

sábado, 23 de agosto de 2008

SOMETIMES...


Às vezes corro muito e, destraidamente esqueço de dar às pessoas o que elas esperam de mim,
ou pelo menos o que eu acredito que elas esperam.
Às vezes me sinto plena e tenho vontade de cantar e contar ao mundo com um grito estridente a minha felicidade. Às vezes choro sozinha e sinto o coração apertado por não poder mudar uma situação, não poder fazer diferente.
Às vezes sinto uma vontade de abraçar a todos, de estar junto, de integrar as mesas de bar rodeadas de amigos e conversa fiada. Em outros momentos prefiro a solidão do meu quarto, me confidenciar com meu PC e me entregar a minha própria e inevitável companhia.
Às vezes queria ir pra bem longe, encontrar algo que eu não sei, mas que não está aqui. E às vezes sinto aconchego do lugar onde estou.
Tem momentos em que sinto medo e em outros pura ousadia.
Momentos de dúvida, de questionar até o que está em mim mesma. Tem aqueles momentos de angústia, da sensação de que a vida parou de andar, o mundo esqueceu de girar e eu estou presa e sufocada no meio disso tudo.
Às vezes me ocorre que sou totalmente feliz e agradeço em silêncio. Em outras horas penso que a felicidade são momentos, que ela é um vai-e-vem, não constante, nada linear.
Às vezes quero tudo de uma vez, com tanta vontade que me perco em planos e empolgação. E tem também os momentos de não fazer nada, de inércia declaradamente preguiçosa e sem fim.
Às vezes amo. Mas sou capaz de odiar também.
Às vezes sonho, mas igualmente desiludo.
Tenho frio, tenho calor.
Tenho esperança e em seguida nem acredito mais em nada.
Tenho tudo o que queria e em certos momentos sinto que tudo me falta.

Cada ser humano é único, diferente e especialmente peculiar, mas na hora de sentir dor, na hora de sentir alegria é todo mundo tão igual. Por esse motivo é que tenho certeza de que qualquer um que leia esse texto encontrará aquilo que o faça dizer: "Eu também sou assim"...

Quero viver a vida com todos os sabores, sem me importar quais os dessabores, experimentar no mesmo prato uma porção de amor e uma colherada de ódio.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O SAPINHO SURDO...



Bom, reza a lenda que existiu em uma cidade fictícia, fruto da imaginação de algum escritor, certa comunidade de sapos. Ali, vivendo em harmonia eles passavam os dias felizes e desfrutando de uma considerável pasmaceira, de uma vida monótona e meio sem graça. Pra ser sincera, devo dizer que a cidade dos sapos era um lugar que seguia uma rotina detestável, era massante, um Tédio!
Entre todos os sapos e sapas comedores de mosca, havia um que era diferente. Chamava-se Eriberto, era robusto, ágil, sonhador, inquieto e muito inteligente. Ele pensava que aquela vida que tinha ali era infeliz e não porque lhe faltasse moscas apetitosas ou belas árvores próximas aos regatos d'água onde podia descansar sossegado, curtindo sombra e água fresca. Na verdade o que incomodava Eriberto era justamente esse dia a dia parado, onde nada acontecia, era saber que fora daqueles limites havia vida, um mundo inteiro e que ele estava ali, inerte sem poder conhecer. Foi quando uma idéia lhe veio à cabeça: estava determinado a conhecer o outro lado do vale onde morou toda sua vida! E deu início a seu grande projeto.
Os outros sapos, ficaram perplexos quando souberam da idéia. Nunca nenhum deles havia ousado sair dali, explorar novas paragens. Todos eles eram acostumados a nascer, crescer e morrer por ali, sem se arriscar, levando suas vidinhas na calmaria de sempre. Comentavam por toda a cidade:
"Esse Eriberto é maluco! Endoidou! O que pode querer fora daqui?" ou ainda "Ele nunca conseguirá atravessar o vale, é perigoso, tem muitos imprevistos, dificulades e obstáculos!" teve até uma velha sapa que falava bem alto, em tom de desespero: "Vou rezar muito pela alma desse sapinho maluco, pois logo saberemos que morreu tentando a travessia! Todos sabemos que não é possível fazê-la"
E assim, correram os dias e por todos os lugares comentavam sobre a façanha do nosso amigo anfíbio. Diziam as piores coisas e faziam as mais absurdas previsões;
Foi sob esse clima de euforia e tanto alarde que Eriberto, calmamente colocou nas cosatas sua mochila e partiu...
Fim da história? Só posso dizer que até hoje não se sabe o que aconteceu a Eriberto. Os sapos ali nunca tiveram notícia, nunca saíram (Deus me livre!) em seu encalço, pra saber notícias. O certo é que o sapinho nunca mais voltou e muito tempo depois é que contaram as novas gerações que uma coisa fazia Eriberto diferente de toda aquela gente... Você, caríssimo leitor irá dizer: "certamente a CORAGEM" e eu digo que mais que isso: Eriberto era surdo!!! E por isso foi, com um sonho na cabeça, uma pequena mochila nas costas, sem literalmete, "dar ouvidos à ninguém".


HISTÓRIA APENAS ADAPTADA POR MIM. NÃO É MINHA AUTORIA.

domingo, 22 de junho de 2008


E os sonhos? Onde estarão?
É tão vital ter sonhos ridículos, desses que a gente sabe que dificilmente se realizarão... A graça não está em vivenciá-los na prática. Não!!! O melhor de tudo é apenas ficarmos extasiados em minutos, horas ou dias elaborando desejos mirabolantes na cabeça.
Eu costumava sonhar assim, me pergunto quando foi que comecei a não mais me permitir, quando foi exatamente que me achei ridícula por pintar de cor-de-rosa todo o meu mundo. Eu era leve... Ingênua, é bem verdade, mas leve...
Depois passei a matar esses sentimentos, foi aos poucos. Sufocava cruelmente um em um dia nublado e em um sábado de sol, após uma reunião de família, condenava sutilmente outro à forca! E fui me esvaziando, me tornando um serzinho que tantas vezes só atua, que camufla o que sente, que às vezes nem sente (que ri quando quer chorar e faz também o inverso)... Uma pessoa com estilo de soldado, marchando sempre dura, com aparência de imbatível, inatingível. Não deixei mais que as lágrimas caíssem, não quando estou perto de quem possa presenciar. Vai saber o que dirá sobre mim: Que sou um tipo de massa mole de pudim ou um pote de margarina ao sol.
Fui me convencendo de que só os tolos demonstram o que sentem, que falam sem temor o que pensam, que eles sofrem também em função disso, do descaramento em mostrar o que são. E passei a doutrinar aqueles que insistiam em ficar fazendo drama, repetindo a eles que "a vida é um jogo".
Pergunto hoje onde está o que eu fui um dia... Uma espécie de criança crescida que não tinha vergonha de admitir sua alegria e muito menos sua tristeza, quando havia... Eu sei que ainda existe, num canto que é como um cárcere, dentro de mim.
É tão dramático pensar tudo isso, alguns dirão. Esse é apenas um momento em que me escapa, transborda um pouco do que fui, é passageiro.
Aprendi a dizer que estou sempre bem, a maior parte do tempo, isso me trouxe "ganhos" incontestáveis várias vezes, pude ser chamada de sensata e mais madura também...(bem verdade que ainda cometo deslizes, não sigo a risca a cartilha dos fortes e falo demais). Aprendi que sonhos malucos, desses sem pé e nem cabeça são tolices, que um mundo cor-de-rosa pode facilmente ser borrado com nanquim, porque tem sempre aquele que adora revelar aos outros que o mundo é concreto, gosta de mostrar que é conhecedor da "realidade", a exemplo dos que revelam às crianças, com todo sarcasmo do mundo que papai noel é apenas um cara, fazendo um bico, vestido numa roupa vermelha. O que vale, penso eu, é que algum dia eu deixei que meu olhar fosse além disso, dessa realidade sem graça que nos cerca, podia ver cor onde não tinha e beleza e magia em quase tudo, acreditei que o mundo era um lugar que sempre podia ser melhorado (acreditava até na política, veja só), que vale a pena se render a um olhar, que existe pureza e verdade nos sorrisos, acreditei um dia nos meus devaneios que eu era querida por muitos (que não existia essa coisa de se odiar e falar mal em segredo e pelas costas). Isso eu ainda tenho comigo, vai ser sempre só meu, guardado no velho baú.

SÓ AS CRIANÇAS E OS LOUCOS DIZEM A VERDADE, POR ISSO É QUE EDUCAM AS CRIANÇAS E TRANCAFIAM OS LOUCOS.

" Não existe nada mais detestável que a pureza." (De uma peça sobre Dom Quixote de La Mancha)
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Quando eu desligo minha mente

Eu vôo até onde quero

Um quarto de hotel

Uma praça de uma cidade distante

Que me faz lembrar o que eu nunca vivi

Estou de volta à realidade

Estou de volta

A realidade é um grande sonho



Quando eu entro no meu mundo

Eu corro os riscos que espero

Um amor proibido

Uma curva perigosa de uma estrada

Que não leva a parte alguma e não tem fim

Estou de volta à realidade

Estou de volta

A realidade é um grande sonho



Quando eu liberto meu espírito

Eu sei muito bem aonde ir

Um coração solitário

Um abrigo perdido sob a chuva

Que lava minha alma e não para de cair

Estou de volta à realidade

Estou de volta

A realidade é um grande sonho



Paulo Antonio Barreto Junior

© Todos os Direitos Reservados

domingo, 8 de junho de 2008

ERROS E ACERTOS!


Os meus erros mais absurdos, eu não devo atribuí-los a ninguém.
Os mais escandalosos, os maiores momentos de dúvida, onde eu virei à esquerda em lugar de ter entrado à direita, não é culpa de outra pessoa que não eu mesma.
As escolhas mal feitas, pensadas de qualquer jeito, fui eu quem pensei.
As palavras ásperas que usei, muitas vezes certa de que fazia justiça, quando na verdade apenas magoava quem ouvia, eu sei bem que ninguém teve nada com isso.
Os momentos em que deixei de falar aquilo que seria capaz de confortar, que deixei de me preocupar e ter um mínimo de solidariedade, também são de responsabilidade minha.
Minha impetuosidade, meu pouco pensar... Tudo eu, assumo!
Tem quem diga que não se arrepende de nada, eu confesso não entender muito bem como é isso. Queria voltar atrás em algumas poucas coisas, confesso! Já que naõ posso, apenas assumo que falhei.
Digo tudo isso porque raramente credito meus acertos, minhas certezas, serenidade diante da vida e minhas vitórias a mais alguém que não eu mesma.
Seguir na vida ora acertando, ora errando sem desistir...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Rob Gonsalves e um pouquinho de arte.



Surpreendente artista canadense, nascido em Toronto em 1959. Mestre da arte fantástica, suas obras criam ilusões e interagem entre o mundo real e o imaginário fazendo com que o expectador reflita sobre o que está vendo e tente desvendar os mistérios destas obras. A arte de Rob Gonsalves. Desenhos incrivelmente detalhados de Rob Gonsalves, cada peça guarda inúmeras surpresas.

Para entender e vizualizar os mistérios de suas obras é preciso observar, entrar em seu mundo encantado e magnífico. Parar, observar e se questionar sobre o que realmente está vendo. E isto não é nada difícil, e é até muito prazeroso!

Suas ilusões fazem ligações entre mundos distintos, unem o real e o fantástico. Rob Gonsalves não nos responde qual é de fato a realidade, isto é função de quem se dispõe a explorar as suas telas.

A mensagem principal de suas obras é que não podemos, e nem devemos acreditar do que enxergamos logo no primeiro momento. Analisar e se deixar surpreender. É o tipo de pintura onde você consegue captar realidades paralelas distintas em um mesmo quadro.

Vale a pena parar um instante e observar as suas obras, com cuidado e atenção e livre de conceitos previamente estabelecidos, com olhar de uma criança.

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Se olhássemos com olhar de criança, brincaríamos mais e perguntaríamos menos, sentiríamos mais e explicaríamos menos.
Não haveria mistérios e se mistérios houvesse, não existiria a impossibilidade de desvendá-los.
O que haveria além da janela? Pergunta inútil, pois não haveria janelas... apenas amplidão, onde tudo caberia: bruxas, fadas, duendes, gnomos, estátuas, gente. Tudo real, na órbita do meu olhar.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Apenas reflexões...



Outro dia, revisitando Shakespeare, li algumas obras, as que mais me agradam e terminei com uma idéia que passou o resto da noite a me "incomodar": o amor de que falam aqueles livros não existe mais. Ou ainda um pouco mais profundo: talvez nunca tenha existido em sua plenitude.
Fico pensando que amor do tipo loucura, aquele que "faz o sujeito perder a cabeça e se jogar", caiu há muito em desuso. Amor que se entrega, que é único então...
O tipo Romeu e Julieta de amor? Onde é que se enconta, alguém pode me dizer?
Nosso Romeu nos dias de hoje, estaria muito preocupado em sair "de balada", seria um cara com dificuldades em assumir um relacionamento e "ficaria" não só com a pobre Julieta, mas com a Marieta, com a Antonieta ou qualquer outra que "desse mole".
O amor tomou feições de modernidade, de tanta independência que quase mata o vínculo
entre as duas pessoas. Cada um tão focado em seus objetivos de vida, que passam a esquecer a cortesia, o namoro, os votos de eternidade.
Não está muito na moda ser fiel, cultivar a idéia de ficar com alguém para toda a velhice, (aliás quem é que não morre de medo de ficar velho?) Imagine que atualmente o que separaria Desdêmona de Otelo não seria aquele conhecido fim trágico, mas quem sabe as brigas por dinheiro, a preocupação com status social e outras brigas domésticas (do tipo as do programa da Regina Volpato), bem menos interessantes que o desfecho escrito pelo autor.
O curioso é que quase todo mundo sonha em ter um amor pra vida toda, encontrar esse alguém para esse final feliz. Mas quanta disposição verdadeira há em um projeto desses, na prática? Ao contrário, o que mais se vê são os casamentos que se iniciam com previsão de término, que duram meses, por pura incompatibilidade declarada pelas "almas gêmeas",
a pouca vontade de dialogar e buscar soluções, a desistência no primeiro desacerto,
O envolvimento dos relacionamentos é semelhante à sensação de um tomar banho sem lavar os cabelos. Parece incompleto, pela metade... É meio compromisso, quando muito.
Lamentavelmente, e não de forma unânime, as relações de amor estão distantes demais, talvez alguns anos-luz daquilo que idealizaram e registraram os poetas e famosos escritores. Chega a ter-se a impressão de tratar-se apenas de idéia ingênua de moça sonhadora ou donzela; Coisa tão ingênua se tornou acreditar no amor, na entrega, na lealdade e no sonho de compartilhar a vida com outra pessoa. Arrisco a dizer que para alguns especialistas, tudo isso pode ser diagnosticado e tratado como um mal, uma doença, um tipo patológico de dependência que deve ser combatido em tempos atuais.
Em que momento as coisas que falam de amor se tornaram tão piegas? Esse texto corre o risco, inclusive, de ser assim avaliado. Eu sinceramente não me importo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

TENSÃO PRÉ MUNDO INTEIRO...

Só existe um tipo de ser vivo, com legitimidade para criticar uma mulher na TPM: outra mulher que já tenha passado por isso.

Os artigos de medicina conceituam o que seria o fenômeno avassalador da TPM, esse período crítico, cheio de caos hormonal e descontrole emocional, estudos demonstram que até 80% das mulheres apresentam sintomas físicos e/ou psíquicos no período pré-menstrual e que cerca de 3% a 11% os apresentam de maneira severa, havendo prejuízos sociais, familiares ou profissionais. Esse transtorno acomete as pobrezinhas, uma vez a cada mês. Os fatores, segundo especialistas, seriam variados: hormonais, psicológicos e até mesmo ambientais; no entanto, não há conclusões precisas que justifiquem esse mal, considerado patológico.
Os sintomas são irritabilidade intensa, freqüentemente acompanhada de humor depressivo, assim como inúmeras queixas mentais e somáticas, dores no corpo, dores de cabeça, sendo que de 15 a 20% das mulheres relatam que seus sintomas são verdadeiramente pertubadores, impondo a necessidade de auxílio profissional e que de 2 a 8% apresentam sintomas severos o suficiente para desequilibrar suas vidas social, familiar e/ou profissional durante uma a duas semanas de cada mês. Depressão e desordens cognitivas são mais comuns em mulheres do que em homens. O período perimenstrual parece ser propício a distúrbios psíquicos, com elevação das taxas de admissão hospitalar, atendimento em emergências, tentativas e consumação de auto-extermínio, crimes violentos, acidentes, prescrições de antidepressivos e uso abusivo de cigarros e outras drogas. Também é descrito aumento na freqüência de crises de pânico, de bulimia e agravamento de sintomas ansiosos, depressivos, obssessivocompulsivos, impulsos cleptomaníacos e para compras excessivas ou mesmo agravamento e aparecimento de sintomas psicóticos no período pré-menstrual.

EM OUTRAS PALAVRAS: Uma mulher na TPM é uma panela de pressão, capaz de coisas terríveis, comparada a um sujeiro portando uma bomba na cintura. Tenha cuidado ao falar, cuidado com o que vai dizer a uma mulher nessas condições!!! Não seja irônico, sarcástico, não diga que ela está mais "cheinha" ou coisas do tipo... Evite discutir sobre qualquer assunto, deixe discussões mais acirradas e polêmicas para as próximas semanas, não diga que tudo não passa de drama, de manha e que ela está querendo chamar atenção. Seja carinhoso, fique calado nas horas que precisar e fale o que ela quer escutar, ouça suas lamentações com interesse e saiba que uma hora isso passa, pelo menos momentaneamente, naquele mês...

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Eduarda chega em casa do trabalho, está "naqueles dias". Liga pra uma amiga, conversam por alguns minutos, ela diz que vai tomar um banho e esperar o telefonema de Tales, seu namorado. Depois de uma chuveirada demorada, ela está um pouco mais relaxada, envolvida em sua toalha e passando hidratante no corpo. Nesse momento lembra-se que Tales ainda não ligou, ela está ansiosa para vê-lo, afinal, ainda não se encontraram essa semana. Ela cantarola pelo quarto, está feliz, escolhendo uma roupa para sair com o amado.
Mais alguns minutos e muitas peças de roupa espalhadas pela cama, Eduarda constata que sua melhor calça jeans está apertada e o ziper fecha com muita dificuldade. Ela tenta combinar uma outra calça com sua blusa favorita, mas ao olhar no espelho não se agrada. É quando resolve mandar uma mensagem para Tales: "AMOR, estou me arrumando. daki uns minutos estarei pronta! T espero! bJos, docinho!"
Eduarda volta para a batalha das roupas. No front, encontra um vestido azul marinho com o qual sempre se sentiu mais magra e se dá por satisfeita com a peça.
Vai ao banheiro, passa mais de 20 minutos alisando seus cabelos. O celular apita! Finalmente uma mensagem: " Amorzinho, daki a 10 minutos tô aih! kero te ver bem bonita! bjOs! Tales."
Ela lê e imediatamente pensa o que ele quis dizer com QUERO TE VER BEM BONITA... Que tipo de cobrança é essa? Afinal, ultimamente ela tem andado feia? Tenta não se irritar com essa bobagem... O cabelo está quse do jeito que gostaria, ela encerra a sessão alisamento. Vai se maquiar, pensando ainda no que Tales quis dizer na mensagem, borra o olho com delineador. Nesse momento, esboça um grito, mas se controla! Está pronta, afinal. Depois de tanto suor. Vai para a sala, coloca uma musiquinha na intenção de relaxar, vai esperar o dito cujo.
Ouve 2 músicas do CD da Marisa Monte sem a paciência costumeira e Tales não dá nem sinal. Manda outra mensagem: "Amor, tô pronta! BjOs." Mais 5 minutinhos que parecem meia hora, ela resolve ligar; Disca o número mas acaba não apertando SEND... Começa a resmungar e falar baixinho: "Onde ele se meteu?" Por fim, não resiste e completa a chamada... O telefone de Tales chama, chama, chama e... (o que as namoradas mais odeiam) - cai na caixa postal, com aquela gravação idiota... Nesse momento Eduarda anda de um lado pro outro e ainda espera que ele retorne a ligação. Passados alguns segundos, nem completo o minuto, ela disca novamente! Novamente Caixa Postal... Resmunga mais alto: "Onde esse merda está que não me atende?" Anda pra lá e pra cá, vai até a varanda ver se o barulho de carro é o de Tales, desliga o som - chega de Marisa Monte - a situação está mais pra um CD do Slipknot. Tira os sapatos de salto. Liga mais uma vez e NO - VA - MEN - TE Caixa!!! e liga mais muitas vezes, muitas e muitas... Vai na varanda novamente mesmo sem ter ouvido barulho de carro. Ela está possessa, ensaia o que vai dizer, gesticula sozinha, ela não vai mais a lugar algum, pensa em arrancar fora o vestido azul marinho, ela pensa em terminar tudo, aquilo é absurdo! Um abuso!!! falta de consideração do FDP do Tales... (FDP foi por minha conta que eu já tô indignada também). E eis que se ouve uma buzina... Ela vai até a metade e pela sombra vê que é o carro dele. Ele chega com uma cara lavada! Bafo de quem já tomou umas, gravata afrouxada, todo sorridente!!! "Eu estava na despedida de um brother lá do serviço, mô! Demorei?"

AGORA RESPONDAM VCS: o que uma mulher com TPM faz numa situação dessas, hein??? PQP, Tales... nem vou terminar essa história. A Mulherada sabe o final...

terça-feira, 25 de março de 2008

Essa é boa pra todo mundo!!!

MUITOS e POUCOS

Muitos dormem.
Poucos despertam.
Muitos reprovam.
Poucos ajudam.
Muitos aproveitam.
Poucos semeiam.
Muitos estudam.
poucos aprendem.
Muitos determinam.
Poucos executam.
Muitos suspiram pela felicidade.
Poucos se conformam com o suor.
Muitos reclamam.
Poucos cooperam.
Muitos sonham.
Poucos fazem.
Muitos aconselham o bem.
Poucos acompanham-no.
Muitos pedem.
Poucos dão.
Muitos desejam.
Poucos trabalham.
Muitos perturbam.
Poucos servem.
Muitos exigem.
Poucos colaboram.
Muitos esperam.
Poucos se movimentam.
Muitos apelam.
Poucos atendem.
Muitos cobram.
Poucos perdoam.
Muitos falam de Jesus.
Poucos o seguem.


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sábado, 22 de março de 2008

Indignação!

Vivendo tempos de violência pornográfica!!!
Não estou bem certa de que a semana santa é tempo para um post como este, mas é inevitável não comentar as últimas notícias que colhi do Correio Braziliense, de hoje, sábado:

Mais um caso de seqüestro relâmpago, com morte na Capital Federal: Um homem, confundido com um policial federal morreu executado, na noite da última quinta-feira, em Sobradinho (cidade satélite de Brasília). Herminegênio Rodrigues Lacerda, 45 anos, funcionário tercerizado do TRT - Tribunal Regional do Trabalho, deixava a namorada em casa, na quadra 7 da cidade, quando foi abordado por três homens armados. Inicialmente, parece que a idéia era assaltar o casal, mas desconfiaram que o homem era policial ao verem um adesivo da Justiça Federal (que contém o brasão da República), colado no canto do pára-brisas do carro. A partir daí, os homens rodaram pelas ruas de Sobradinho e terminaram assassinando Herminegênio com um tiro na cabeça.
A abordagem ocorreu por volta das 21:45 de quinta-feira, quando um dos criminosos assumiu a direção do veículo, colocando a vítima no banco do carona. Os outros dois foram para o banco de trás com a moça, de 20 anos. Assim que viram o brasão questionaram sobre sua origem, insistindo para que a vítima entregasse uma suposta arma e mostrasse a carteira de policial. Para pressioná-lo, os homens o agrediram com coronhadas enquanto a vítima tentava, em vão, explicar o mal entendido. Pararam em um lugar ermo da cidade e ordenaram que Herminogênio saísse do carro. Um deles ficou com a garota e os outros dois o levaram para um matagal.Voltaram minutos depois e um deles reclamava: "Não era para dar um tiro certeiro. Nem me deixou participar". Os bandidos liberaram a mulher e fugiram com dois celulares e a carteira da vítima.
"Aparentemente deveria ser um roubo ou seqüestro relâmpago. Não havia necessidade de matá-lo, mas os bandidos sabem o problema que é, roubar um policial. Morto, o sujeito não faria o reconhecimento" - explicou o delegado-adjunto, Jorge Xavier. O crime foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), cuja pena varia de 20 a 30 anos de prisão. Os principais suspeitos seriam os beneficiados com o indulto de Páscoa. A família da garota esteve na delegacia, onde relatou que ela estava muito abalada.


MEMÓRIA BRASÍLIA: (os arquivos do crime na Cidade)

07/03/1998:
A estudante Tainá Katúscia, 15 anos acompanhava o namorado, Luís Celso Brito, 22, até o carro estacionado na porta da casa dela. O casal foi rendido por dois assaltantes armados, que colocaram Celso no porta-malas e Tainá no banco traseiro. Eles estupraram a garota e a queimaram viva. Luís Celso consegui escapar do porta-malas, mas foi perseguido e atropelado até a morte.

27/02/1998:
Os estudantes Gabriela Adler, 22 e Flávio martins, 24, conversavam no estacionamento da AEUDF, hoje UniDF (uma faculade de Brasília), no Fiat Tipo da mãe da estudante, quando foram seqüestrados. Depois de entregar dinheiro, cartões e senhas, os jovens foram assassinados às margens da BR-040 (que liga Brasília a BH). Flávio morreu com dois tiros na cabeça e Gabriela com três, após implorar para ficar viva.

07/01/2004:
O estudante de engenharia mecânica da Universidade de Brasília- UnB, Ícaro Teixeira da Fonseca Silva tinha 22 anos quando morreu em um seqüestro relâmpago. Ícaro foi abordado em Taguatinga, na Praça do Relógio, e levado para Águas Lindas. Antes de matarem o rapaz com um tiro na nuca, os seqüestradores queimaram braços, pernas e o rosto do rapaz com pontas de cigarro. Os quatro acusados do crime foram presos no dia seguinte em Águas Lindas. Eles usaram o carro do estudante para assaltar uma lanchonete e acertaram a perna de um motorista com um tiro, durante a fuga.

06/05/2005:
O veterinário Rodrigo Vale Fonseca, 28 anos, foi executado com três tiros à queima roupa, durante um assalto relâmpago. A abordagem aconteceu na 713 Sul, quando Rodrigo e a namorada deixavam um amigo em casa. Três seqüestradores levaram a vítima e Ariadne César Esteves, na época com 27 anos, para o KM 90 da DF 001. Estacionaram em lugar ermo, tentaram estuprar Ariadne. Rodrigo reagiu e tentou impedir a violência sexual, razão pela qual foi alvejado com três tiros.

17/03/2008:
O paisagista Eduardo Ferreira, 25 anos, foi assassinado durante um assalto a um posto de gasolina em Samambaia. Ele voltava de uma festa em Taguatinga, com dois amigos, quando parou no posto para abastecer. Ao perceber a presença dos assaltantes no local, Eduardo tentou sair do veículo e foi atingido com um tiro no tórax. Os assaltantes fugiram e Eduardo faleceu no Hospital Regional de Taguatinga - HRT


É tão comum, parece ser tão banal... Um caso, mais outro, pessoas morrendo por R$ 1,00, famílias destruídas, vítimas da crueldade, pois não basta só levar o dinheiro. Existe muito ódio e perversidade. A sensação de segurança que deveria ser promovida pelo Estado, não existe há muito tempo... E a pior constatação: é crescente, tornou-se parte do dia-a-dia e parece que gradativamente se avoluma. Sabe qual é o sentimento que toma conta quando se lê tudo isso??? Medo de virar só mais um número, dentro de estatísticas do governo; destas que não levam a nada, só servem pra registrar mais uma morte, em meio a tantas outras... Sinceramente, eu não quero me acostumar com isso!!!

A impressão que me dá é de que aquele investimento na área social, de que falavam tanto há 10, 15, 20 anos atrás foi só "historinha pra boi dormir" e que a falta dele gerou os filhos perversos e cruéis que andam às sombras, e, sem reconhecer sua própria condição de gente, de ser humano, de cidadão, mata por prazer e não mais por pura necessidade... As coisas mudam, isso também mudou.


http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=312435

sexta-feira, 21 de março de 2008

Famintos.


Infelizmente, eu não vejo apenas a fome que faz roncar a barriga, eu vejo além.

Eu não acredito que as pessoas só têm fome de alimento, elas precisam de muito mais.

Estamos todos famintos de palavras, de ser humano, com o outro que é ser humano também.

"Por que tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, estava preso e viestes ver-me". E responderão os justos : "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber ? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos ? Quando foi que te vimos enfermo ou na cadeia e te fomos visitar ? " E o Rei dirá : "Em verdade vos digo, todas às vezes que fizestes a um destes meus irmãos menores, a mim o fizeste".

UM SORRISO OU UMA PALAVRA TAMBÉM SÃO ALIMENTO PRA ALMA...

http://www.google.com

TEM QUE SER ASSIM...

Não vejo outra saída, tenho que esperar.
Preciso me convencer de que existe tempo para tudo, para todas as coisas.
Esse é o momento de ter paciência, o exercício laborioso e quase infindável.
O mundo parece parado, em um segundo que não passa, não deixa que se formem os minutos, as horas e os outros muitos dias.
Sinto falta dos amigos que nem cheguei a ter na mesa de bar.
Sinto falta do cheiro das coisas de quando eu era criança, quando fui feliz sem desejar, sem esforço.
Gostaria de ver a cor do mar, eu tenho tanta vontade de saborear aquela sensação de azul
salgado na boca, só mais uma vez.
Mas não há tempo que me permita, preciso esperar.
Não há como correr quando se tem pesadelo, a gente nunca consegue sair do lugar e o coração
fica aflito.
Dói a ausência e dói a dor do mundo inteiro, é interminável e sempre me alcança.
Eu quero a casa de minha avó, era o meu quintal. Eu ainda me lembro bem disso... E quem disse que os anos apagam as coisas boas? Ali estava a salvo e feliz sem desejar, sem esforço.
Não sou triste porque disse a mim mesma que isso era apenas fase.
Eu quero comprar um pouco de alegria bem ali, naquela esquina. Por um preço justo, que não me faça ter arrependimento.
Eu preciso esperar. Preciso saber viver comigo mesma e uma sacola de ansiedade
que carrego, preciso chegar pra descansar em uma cama macia, após um banho quente.
Assim meu coração sossega...